30 com carinha de 22

Hoje, se tudo tivesse corrido bem, estaríamos aqui para postar fotos da festa. A noite do último sábado estava linda, não? Enfim, não foi dessa vez. Fica para a próxima.

Gostaria, nesta despedida, de fazer os agradecimentos cabíveis. Primeiro, aos leitores deste blog, que já estavam entrando bem no clima 90's. Em seguida, mas, não menos importante, ao Google, uma "mãe" em termos de pesquisa, em especial pela ferramenta de tradução de texto, que foi mega importante para montar o perfil das bandas internacionais que fizeram os anos 80, e, enfim, a todos que mantêm na www informações passíveis de Ctrl + C - Ctrl + V...

Desculpem pela falta de jeito, pela falta de alguma informação (não deu tempo pra tudo...) e, principalmente, pela falta de créditos. Mas o clima era só de festa. Uma festa que nem houve.

Fomos!

Uma das bandas mais populares da chamada new wave, o Duran Duran foi formado em Birmingham, Norte da Inglaterra, no ano de 1978. Sob a influência de David Bowie e Roxy Music, embaixadores do glam rock, somados ao punk e à disco music que se degladiavam no final dos anos 70, o tecladista Nick Rhodes e seu amigo John Taylor, então guitarrista, montaram o grupo com Simon Colley (baixo, clarinete) e Stephen Duffy (vocal), adotando o nome do vilão de Barbarella, ficção surrealista feita por Roger Vadim no final dos anos 60. Barbarella era também o nome da casa noturna onde os garotos comecaram a se apresentar ao vivo, acompanhados de uma bateria eletrônica.

Menos de um ano depois, Colley e Duffy abandonaram o grupo, sendo substituidos pelo vocalista Andy Wickett e pelo baterista Roger Taylor. Com esta formação, chegaram a gravar uma fita demo, após a qual John Taylor trocou a guitarra pelo baixo. Um novo guitarrista, John Curtis, não durou mais que alguns meses e a banda encontrou seu substituto, Andy Taylor, colocando um anúncio classificado no semanário Melody Maker. Para completar a formação que levaria o Duran Duran ao estrelato, faltava apenas o vocalista Simon LeBon, estudante de teatro da Universidade de Birmingham e ex-integrante da banda punk Dog Days. Ele chegaria no início de 1980 para suprir a lacuna mais problemática: depois da saída de Wickett, no ano anterior, a banda testara sem sucesso mais dois cantores.

No final de 1980, o Duran Duran já se tornara popular no emergente circuito "new romantic" inglês e assinava contrato com a EMI. Lançado no ano seguinte, o primeiro single - "Planet Earth" - logo atingiria o 12 posto da parada britânica, seguido de outras faixas do primeiro álbum, como "Girls On Film". O segundo álbum, Rio (1982), puxado pelos hits "Hungry Like The Wolf" e "Save A Prayer", faria ainda mais sucesso, levando a febre detonada pelo Duran Duran ao resto da Europa e, eventualmente, aos EUA.

Em 1983, com o single "Is There Something I Should Know" nas rádios de todo o planeta, o Duran Duran partiu para a conquista definitiva do mega-estrelato, em uma excursão internacional de uma ano e meio de duração - registrada no álbum ao vivo Arena (1984). Depois de gravarem "A View to A Kill", canção-tema para o filme homónimo de James Bond, em 1985 o grupo tirou férias. Depois do período sabático, nunca mais o Duran Duran faria seu típico som anos 80 como já havia feito.

No inicio de 1986, quando o Duran Duran deveria reunir-se para a gravação de um novo álbum, Roger Taylor avisou que precisava de um tempo longe da banda. Nunca mais voltou. Poucos meses depois, fol a vez de Andy Taylor abandonar o barco, reduzindo o grupo a um trio. Mesmo assim, com o dedo do mágico Nile Rodgers (ex-Chic), emplacaram com Notorius.

Ouça aqui!

HUNGRY LIKE THE WOLF
Duran Duran

Darken the city, night is a wire
Steam in the subway, earth is a afire
Do do do do do do do dodo dododo dodo
Woman, you want me, give me a sign
And catch my breathing even closer behind
Do do do do do do do dodo dododo dodo

In touch with the ground
I'm on the hunt I'm after you
Smell like I sound, I'm lost in a crowd
And I'm hungry like the wolf
Straddle the line in discord and rhyme
I'm on the hunt I'm after you
Mouth is alive with juices like wine
And I'm hungry like the wolf

Stalked in the forest, too close to hide
I'll be upon you by the moonlight side
Do do do do do do do dodo dododo dodo
High blood drumming on your skin, it's so tight
You feel my heart, I'm just a moment behind
Do do do do do do do dodo dododo dodo

In touch with the ground
I'm on the hunt I'm after you
Scent and a sound, I'm lost and I'm found
And I'm hungry like the wolf
Strut on a line, it's discord and rhyme
I howl and I whine, I'm after you
Mouth is alive, al lrunning inside
And i'm hungry like the wolf

Hungry like the wolf
Hungry like the wolf
Hungry like the wolf

Burning the ground, I break from the crowd
I'm on the hunt, I'm after you
I smell like I sound, I'm lost and I'm found
And I'm hungry like the wolf
Strut on a line, it's discord and rhyme
I'm on the hunt, I'm after you
Mouth is alive with juices like wine
And I'm hungry like the wolf

A banda britânica de soul-pop Simply Red foi formada em 1984 pelo cantor Mick "Red" Hucknall e três ex-membros do Durutti Column, Tony Bowers (baixo), Chris Joyce (bateria) e Tim Kellett (teclados), além de Sylvan Richardson (guitarra) e Fritz McIntyre (teclados).

O grupo assinou contrato com a Elektra Records e logo lançou o primeiro CD, Picture Book (outubro 1985), que trazia o sucesso "Money's Too Tight (To Mention)," um cover de 1982 de R&B dos Valentine Brothers, e "Holding Back the Years", composição de Hucknall. O álbum ganhou disco de platina e fez do grupo um dos principais de 1986.

Men and Women (março 1987), trouxe parcerias entre Hucknall e o letrista de soul desconhecido Lamont Dozier. A dupla gerou o Top 40 "The Right Thing". Richardson deixou o grupo em 1987 e foi substituído pelo guitarrista Aziz Ibrahim, lugar depois ocupado pelo brasileiro Heitor T.P.

O terceiro album, A New Flame (fevereiro 1989), foi disco de ouro devido ao sucesso da música "If You Don't Know Me By Now", sucesso de 1972 do grupo Harold Melvin & the Blue Notes.

Ouça aqui!

A NEW FLAME
Simply Red

I was bowled out
I was sold down the river
But her warm heart
Would turn me forever
She's turned me round
A new flame has come
And nothing she can do can do me wrong
I am stern now
Petty words
Don't believe me
But her warm smile
Is never gonna leave me
She's turned me round
A new flame has come
And nothing she can do can do me wrong
Wrong oh no
Wrong oh no
She's made of real glass
She got real real emotion
But my heart laughsI
have that same sweet devotion
She's turned me round
A new flame has come
And nothing she can do can do me wrong
Wrong oh no
Wrong oh no
Nothing she can do can ever do me wrong

GUNS N' ROSES - Eles quase ficaram de fora da década. O primeiro disco da banda, Appettite for Destruction, de 87 só estourou em 89.


TRACY CHAPMAN - Grava seu primeiro álbum em 1987, lançado apenas em 1988. "Fast car" estoura no final do ano.


ERASURE - Foi a partir de 1987 que o Erasure passou a freqüentar o top dez das paradas britânicas, até chegar ao primeiro lugar com o disco The Innocents, de 1998


GREEN DAY - O primeiro álbum do Green Day, “Smoothed Out Slappy Hours”, data de 1990.


FAITH NO MORE - Um dos principais expoentes da fusão entre funk, hip hop e heavy metal, o Faith No More surgiu em 1982, em São Francisco, EUA. Mas só estourou em 1989, com o álbum "The Real Thing".

Boy George nasceu como George O’Dowd em 14 de junho de 1961, filho de um gerente de uma academia de boxe e de uma dona de casa. Na adolescência, ele se sentiu atraído pelo som da banda T. Rex, mais especificamente pelo líder desta banda, Marc Bolan, que levou a cabo os ensinamentos de David Bowie no que se refere ao glam rock. Boy admirava o jeito andrógino e maneira como Marc Bolan se apresentava, além de se identificar imediatamente com o som da banda. Boy também passou a consumir tudo o que se referia à fase Ziggy Stardust e Alladin Sane de David Bowie. Ele chegou a declarar em uma entrevista que, quando viu Bowie na capa do disco Alladin Sane, ter descoberto quem seria na verdade.

Boy George foi, sem dúvida, um dos artistas mais relevantes para a música pop dos anos 80. À frente do Culture Club, o inglês emplacou hits essenciais para definir o espírito musical da época. A longevidade de canções como Do You Really Want To Hurt Me, Mistake No. 3, Love is Love, Karma Chameleon e War Song comprova-se pelo fato de elas serem, até hoje, incluídas na programação de diferentes estações de rádio, sendo reconhecidas por pessoas que, por uma questão etária, não viveram o auge da carreira do conjunto. Por isso, alçá-las à categoria de clássicos não seria exagerado, mas, sim, redundante.

Ouça aqui!

DO YOU REALLY WANT TO HURT ME
Culture Club

Give me time to realize my crime
Let me love and steal
I have danced inside your eyes
How can I be real

do you really want to hurt me
do you really want to make me cry
precious kisses words that burn me
lovers never ask you why
in my heart the fire's burning
choose my colors find a star
precious people always tell me
that's a step a step too far

do you really want to hurt me
do you really want to make me cry
do you really want to hurt me
do you really want to make me cry

words are few I have spoken
I could waste a thousand years
wrapped in sorrow words are token
come inside and catch my tears
you've been talking but believe me
if it's true you do not know
this boy loves without a reason
I'm prepared to let you go

If it's love you want from me
then take it away
everything's not what you see
it's over again

do you really....

No fim dos anos 70, em plena ditadura militar, um colégio em São Paulo se tornou um dos poucos pontos de resistência cultural. No palco do Equipe se apresentavam artistas de peso da música brasileira como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Clementina de Jesus e Cartola. Com essa efervescência, foi natural que os jovens com interesses artísticos acabassem se aproximando e criando espaços próprios. O evento "A Idade da Pedra Jovem", promovido por essa turma em 1981, marcou a estréia de Sérgio Britto, Arnaldo Antunes, Paulo Miklos, Marcelo Fromer, Nando Reis, Ciro Pessoa e Tony Bellotto num mesmo palco. Juntos, eles formavam o grupo Titãs do Iê-Iê, uma brincadeira para descontrair uma programação apresentada por gente com mais experiência do que aqueles meninos.

A estréia oficial dos Titãs do Iê-Iê, devidamente ensaiados e com repertório próprio, aconteceria no dia 15 de outubro de 1982, no Sesc Pompéia. A essa altura, Branco Mello já havia se integrado ao grupo e André Jung, assumido a bateria, instrumento que Nando Reis tocara na "Idade da Pedra Jovem" por pura falta de opção. Com nove músicos no palco, entre eles seis vocalistas, a banda chamava a atenção. As canções eram criativas (misturavam influências que iam da MPB ao rock, passando pelo samba, reggae e new wave) e o visual, extravagante (com direito a roupas com cores fortes, maquiagens e penteados originais).

Durante dois anos, os Titãs do Iê-Iê percorreram o circuito underground paulista, se apresentando em lugares tão ecléticos quanto o som que mostravam no palco. Não demorou muito para que a performance do noneto despertasse a atenção de uma gravadora. Mas antes da assinatura do contrato com a WEA, ocorreram duas mudanças: Ciro Pessoa se desligou da banda e o Iê-Iê (que sempre era confundido com Iê-Iê-Iê) foi descartado do nome do grupo. O primeiro álbum, "Titãs", foi lançado em agosto de 1984 e trazia "Sonífera Ilha", um verdadeiro fenômeno radiofônico. Uma das músicas mais executadas naquele ano, a faixa levou os Titãs a fazerem sucesso em outros estados do Brasil, além de ter ajudado a banda a realizar um sonho antigo: aparecer na TV, em programas consagrados apresentados por Chacrinha, Bolinha e Raul Gil.

O grupo começou 1985 com um novo baterista. Charles Gavin assumiu as baquetas no lugar de André Jung. Com a nova formação, os Titãs entraram em estúdio para gravar seu segundo LP. "Televisão", produzido por Lulu Santos, chegou às lojas em junho daquele ano e emplacou os hits "Insensível" e "Televisão". Como aconteceu no primeiro disco, as vendas foram modestas, mas isso não seria a pior lembrança que a banda guardaria deste período. No dia 13 de novembro, Tony Bellotto e Arnaldo Antunes foram presos com heroína. Arnaldo passou 26 dias na prisão e ambos foram condenados. O cantor por tráfico (por ter passado heroína para o guitarrista), e Bellotto, por porte de droga. Sem antecedentes criminais e trabalho declarado, cumpriram a pena em liberdade.

Os Titãs deram a volta por cima no disco seguinte. "Cabeça Dinossauro", lançado em junho de 1986, foi um soco no estômago da hipocrisia com suas letras contundentes. O álbum, que marcava a estréia da parceria com o produtor Liminha, pela primeira vez traduzia no vinil a pegada que a banda tinha ao vivo. Os Titãs puderam sentir a força do LP já no show de estréia no Projeto SP, quando o público cantou todas as músicas, numa época em que as rádios ainda se recusavam a tocar o repertório ousado do disco. O álbum já tinha garantido o primeiro disco de ouro dos Titãs, quando as emissoras se renderam. Além de "Aa Uu", "O Quê", "Homem Primata", "Família" e "Polícia", algumas rádios se davam ao luxo de pagar multa para tocar "Bichos Escrotos", que tinha a radiodifusão proibida pela censura. "Cabeça Dinossauro" bateu a marca das 300 mil cópias vendidas e caiu nas graças da crítica. O disco ficou no topo das principais listas dos melhores daquele ano e até hoje é apontado com um dos mais importantes da história do rock brasileiro.

Em novembro de 1987, "Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas" saía do forno superando todas as expectativas. De um lado do disco, a continuação do rock pesado do "Cabeça", em músicas como "Lugar Nenhum", "Desordem" e "Nome aos Bois". Do outro, mais inovação: o sampler, uma novidade naqueles tempos, dava um tom eletrônico a "Todo Mundo Quer Amor", "Comida" e "Corações e Mentes". A banda ousou novamente ao decidir fazer o show de lançamento do novo álbum em pleno Hollywood Rock de 1988. Valeu a pena correr o risco. A apresentação dos Titãs foi eleita pela crítica especializada a melhor de todo o festival, superando Simple Minds, UB40, Pretender, Simply Red e outros medalhões estrangeiros.

Com o Brasil aos seus pés, o grupo partiu para a estréia internacional. Os Titãs foram os primeiros artistas do país a se apresentarem na Noite de Rock do badalado Festival de Jazz de Montreux. Do show, no dia 8 de julho de 1988, eles trouxeram o LP "Go Back", o primeiro ao vivo da carreira da banda. De volta ao Brasil, a banda viveu uma fase áurea, com shows superlotados e o quinto álbum – que misturava canções dos primeiros LPs a sucessos do "Cabeça e do "Jesus" – nas listas dos mais vendidos. "Marvin", originalmente gravada no primeiro disco, virou um sucesso avassalador nas rádios no fim de 88 e em todo o ano de 89.

Em outubro de 1989, os Titãs lançaram seu disco mais sofisticado até então. "Õ Blesq Blom" reunia a simplicidade dos repentistas Mauro e Quitéria, descobertos pelo grupo na Praia da Boa Viagem, à modernidade das parafernálias eletrônicas de estúdio. Foi da dupla nordestina que os Titãs tiraram o nome do LP que transformou em hits "Flores", "Miséria" e "O Pulso". Com o clipe de "Flores", a banda ganhou ainda um prêmio inédito no país: o MTV Video Music Awards, quando a emissora ainda não tinha sua filial brasileira.

(Do site Titãs Oficial)

Ouça aqui!

BICHOS ESCROTOS
Titãs

Bichos, saiam dos lixos
Baratas, me deixem ver suas patas
Ratos, entrem nos sapatos
Do cidadão civilizado
Pulgas, que habitam minhas rugas
Onçinha pintada,
Zebrinha listrada,
Coelhinho peludo,
Vão se foder!
Porque aqui na face da terra
Só bicho escroto é que vai ter
Bichos escrotos, saiam dos esgotos
Bichos escrotos, venham enfeitar
Meu lar,
Meu jantar,
Meu nobre paladar