sábado, julho 2

O rei do rockabilly dos anos 80



Nasceu em 1961, em Goiânia. Filho de pais separados, nascido “por acidente” (como seu próprio pai dizia), Leonardo Jaime teve uma infância pobre e solitária. Ao assistir ao filme Help!, apaixonou-se pelos Beatles, mais especificamente pela imagem melancólica de seu baterista, Ringo Starr. Passou a adolescência trabalhando como office boy, feirante, faxineiro, entregador de pacotes e músico de baile antes de mudar-se para o Rio de Janeiro, onde conheceu Arnaldo Baptista, com quem compôs “Cozinho de Noite”. Convidado a integrar o grupo João Penca & Seus Miquinhos Amestrados, em 1980, Leo Jaime passou a compor para a banda e também para outros artistas.

O primeiro sucesso com sua assinatura foi “Rock da Cachorra”, interpretado por Eduardo Dusek no disco Cantando no Banheiro (1982) gravado com o acompanhamento dos próprios Miquinhos. Logo após o lançamento do disco, Leo deixou a banda, mas participou como diretor musical de seu primeiro álbum, Os Maiores Sucessos de João Penca & Seus Miquinhos Amestrados, LP que estourou a faixa “Telma, Eu Não Sou Gay”, com participação vocal de Ney Matogrosso.

Paralelamente, passou a apimentar cada vez mais seus versos, esbarrando não raras vezes no mal gosto da pornografia – o que era muito interessante comercialmente naqueles anos de abertura política. Seu primeiro disco solo (sutilmente intitulado Phodas C) ficou quatro meses preso na Censura até ser liberado. No segundo disco, Sessão da Tarde, um dos mais importantes da década, uma “homenagem” à diretora do Serviço de Censura e Diversões Públicas, Solange Hernandez, uma versão de “So Lonely”, do Police, que virou “Solange”.


Ouça aqui!

SOLANGE
Leo Jaime

Eu tinha tanto pra dizer
Metade eu tive que esquecer
E quando eu tento escrever
Seu nome vem me interromper
Eu tento me esparramar
E você quer me esconder
Eu já não posso nem cantar
Meus dentes rangem por você
Solange, Solange
É o fim Solange
Eu penso que vai tudo bem
E você vem me reprovar
E eu já não posso nem pensar
Que um dia ainda eu vou me vingar
Você é bem capaz de achar
Que o que eu mais gosto de fazer
Talvez só dê pra liberar
Com cortes pra depois do altar
Solange, Solange, Solange
É o fim, Solange
Solange, ah! Ah! Solange
Pára de me censolange
Ye ye ye
I feel so lonely
Ye ye ye
So so so, lan lan lan
Solange, Solange, Solange
É o fim Solange




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